Minha querida Teresinha, na sexta-feira, fui para Lisboa com a Bibi e o Jorge, pois como teria de entrar na Clínica, para ser operado, no sábado às 8 da manhã, teríamos de sair de Évora muito cedo se não viéssemos de véspera.
Quando jantávamos num restaurante, perto do hotel, entrou um numeroso grupo de jovens mascarados que celebravam o Carnaval o que me fez recordar quando nós fazíamos o mesmo.
Não foram muitas vezes porque tu preferiste sempre a companhia dos filhos a qualquer espécie de distracções, mas fizeste algumas excepções, possivelmente para me fazeres a vontade.
E destas excepções, recordei aquela em que fomos com o Chico e a Pilar para a Tágide e ali encontrámos o Rogério Paulo com a Maria Leonor. Muito rimos e dançámos naquela noite até de madrugada.
Já abalaram todos e só eu por aqui ando vivendo da saudade e da tristeza de já não podermos viver esses tempos e esses momentos de felicidade.
No sábado fui operado e ali fiquei a pernoitar até que o médico me desse alta no domingo de manhã. Tal como em Janeiro, quando fui operado à vista direita, senti a falta que me fazias, pois nessas alturas, nunca me deixaste e ficaste sempre junto de mim, aflita a pensar em como me sentia.
Ontem, quando regressei aos Foros, não te podia escrever mas, apesar de cansado, podia estar contigo e aí fui a caminho de Évora para te levar um ramo de rosas e te dizer, meu querido amor, como me continuas a fazer tanta falta e como a saudade é cada vez maior.
QUE SAUDADE MEU QUERIDO AMOR!
segunda-feira, 7 de março de 2011
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