quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

RECORDANDO FERNANDO MIRA GODINHO



Foi há oito dias que o meu amigo Fernando Pereira me telefonou Para me dar a triste notícia do falecimento do meu querido Amigo Fernando Mira Godinho.

Fiquei bastante abalado pois nem sabia da sua estadia em Portugal. Desta vez, contra o que era habitual, não entrou em contacto comigo. Apenas sei que estava hospitalizado e que faleceu no passado dia 23 de Janeiro.

Não vou falar da sua importância na concretização das “6 Horas de Nova Lisboa” nem da grande amizade que nos unia pois isso já o fiz num apontamento que aqui deixei em Julho de 2009.

Apenas este pequeno apontamento recordando a última conversa que tivemos em Janeiro do ano passado.

Quando há cerca de dois anos voltaram a organizar-se corridas no Huambo e existiu um simpático movimento para que eu estivesse presente, tive oportunidade de dizer aos organizadores das provas que não se esquecessem de convidar o Fernando Mira Godinho para estar presente naquela prova.

Em Lisboa, quando estive com um dos organizadores voltei a falar no assunto e ele disse-me que teria de procurar o Mira para o convidar.

Absolutamente convencido que o não teriam esquecido, quando no princípio de 2010 falei com o Mira (mal pensava eu que era a última vez) disse-lhe: “Então foste um convidado de honra nas corridas do Huambo?”.

Senti uma tristeza grande quando o Mira me respondeu: “Não, ninguém me disse nada. Assisti porque comprei bilhete e no final até procurei os organizadores para os felicitar.”

Se aceitei com naturalidade e compreensão que o convite que me fizeram não se tivesse concretizado, melindrou-me bastante terem esquecido o Mira a quem o desporto angolano e o automobilismo tanto deviam.

Apesar da minha já adiantada idade alimentei sempre o sonho de voltar ao Huambo. Mas, hoje esse sonho morreu.

Todos os Amigos que ali tive já desapareceram e, certamente, voltar ao Huambo só me traria tristeza.

Prefiro recordar aquela Nova Lisboa com a sua Finol e as suas 6 Horas Internacionais de Nova Lisboa, com o Pinto Leite e o Mira Godinho, com os colegas dos meus filhos a quem incuti o gosto pelo teatro. Aquela Nova Lisboa onde fui tão feliz com a minha mulher e os meus filhos.

Essa é a Nova Lisboa que eu recordo e que já não poderia encontrar no Huambo.

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